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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Embaixador confirma morte de brasileiro em presídio de Honduras

O embaixador do Brasil em Tegucigalpa, Zenik Krawctschuk, disse ter sido informado durante a madrugada pelas autoridades hondurenhas sobre a morte do brasileiro, identificado como Adilio Gomes Sobral. A origem, a idade e a filiação do morto são desconhecidas. Segundo o diplomata, também não se sabe o motivo de sua prisão em Honduras.

O embaixador disse que espera informações adicionais para tomar as providências devidas, como informar a família e fazer o traslado do corpo, se for o caso.

O diplomata afirmou ainda que a embaixada fez, em dezembro do ano passado, um levantamento em todas as 24 unidades carcerárias do país, em busca de brasileiros, mas que nenhum havia sido localizado.

Anteriormente, a coordenadora dos procuradores do Ministério Público, Danelia Ferrera, havia dado a informação em entrevista ao jornal local "La Prensa". Entre as vítimas de outras nacionalidades estão ainda um mexicano, um guatemalteco e um salvadorenho.

No total de mortos estão incluídos os dois óbitos que ocorreram nos hospitais em consequência dos ferimentos causados pelo acidente, cujas causas estão sendo investigadas pelas autoridades.

O incêndio ocorreu por volta da meia-noite de terça-feira, por causas ainda não esclarecidas. Autoridades investigam se o fogo decorreu de um curto-circuito ou foi provocado por detentos que davam início a uma rebelião.

Nesta madrugada, foi concluída a transferência dos corpos das vítimas para Tegucigalpa, onde equipes de médicos legistas já trabalham na identificação.

Gustavo Amador/Efe
Detento ferido é atendido pelas forças de segurança em Comayagua

Os corpos dos dois presos que morreram no hospital foram entregues aos familiares, confirmou à imprensa local o procurador-geral, Roy Urtecho.Digite

De acordo com os dados disponíveis, 30 presos foram levados para hospitais de Comayagua e Tegucigalpa, com queimaduras e fraturas. Alguns deles já estão de volta à penitenciária, situado a 80 quilômetros da capital hondurenha.

Os familiares das vítimas pediram agilidade na identificação dos corpos para que possam fazer com rapidez os sepultamentos. As autoridades, no entanto, advertiram que as tarefas de identificação "levarão bastante tempo".

FAMÍLIAS

Para tentar agilizar o processo, o secretário do Congresso Nacional, Rigoberto Chang Castillo, apresentou na quarta-feira à noite uma moção para que se permita a entrega sem autópsia dos corpos dos presos que possam ser identificados por seus parentes.

Médicos forenses de Honduras, apoiados por especialistas internacionais, avançaram nesta quinta-feira na árdua tarefa de identificar os corpos calcinados dos presos que morreram na penitenciária de Comayagua, no centro do país.

"Os primeiros 115 cadáveres em contêineres refrigerados chegaram na noite de quarta-feira ao morgue de Tegucigalpa, a 90 km de Comayagua, outros 146 pela madrugada e o resto [vai chegar] no transcurso desta quinta para que os técnicos periciais empreendam a identificação", disse o ministro Pompeyo Bonilla.

"Isso é um processo demorado, mas temos a cooperação de países amigos. Chegam especialistas, odontólogos, peritos forenses, do Chile, dos Estados Unidos, da Guatemala, de El Salvador e outros países", acrescentou o ministro.

O trabalho dos especialistas era dificultado devido ao fato de que muitos corpos estavam totalmente carbonizados. Muitos morreram dessa forma, abraçados às grades das celas, outros asfixiados pela fumaça e outros morreram afogados, ao se lançarem sobre reservatórios de água da penitenciária, conforme testemunhos ouvidos pela AFP.

A União Europeia lamentou hoje a tragédia de Honduras e exortou esse país a investigar as causas, disse a chefe diplomática do bloco, Catherine Ashton, por meio de um comunicado oficial. Fonte: Folha Online, reportagem de Carolina Vila-Nova

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