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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Meditação: Santidade dentro de quatro paredes

Em minha casa viverei de coração íntegro. (Sl 101.2.)

Na rua é mais fácil. Na igreja ainda mais. O problema é em casa. Na presença dos vizinhos é mais fácil. Na presença da multidão é mais fácil. O problema é na presença da família.

Assim sendo, é notável e corajosa a decisão do salmista: “Em minha casa viverei de coração íntegro” (Sl 101.2).

Em casa e no aconchego da família tudo é reservado. Não é necessário cuidar da aparência, não é necessário colocar o verniz, não é necessário esconder o verdadeiro caráter. Na rua é preciso ser qual sepulcro caiado, bonito por fora e bem cheiroso. Em casa o sepulcro pode ficar aberto e deixar à mostra os ossos, todo tipo de imundícia e o mau cheiro. Sob os holofotes é muito cômodo dar um beijo carinhoso na esposa e apertar carinhosamente o nó da gravata do marido. Na rua somos o que não somos em casa e em casa somos o que não somos na rua. É o problema da dupla personalidade: uma mentirosa e outra verdadeira, uma para se mostrar e outra para se viver. É o problema do prato limpo por fora, mas cheio “de ganância e cobiça” (Mt 23.25).

Antes de ser luz do mundo, o crente tem de ser luz dentro de quatro paredes. O que vale não é o que ele mostra, mas o que ele é. Porque o Senhor não vê a aparência, mas o coração (1 Sm 16.7), então é de todo necessário imitar a decisão do salmista: “Em minha casa viverei de coração íntegro”. Retirado de Refeições Diárias Com o Sabor dos Salmos (Editora Ultimato, 2006)

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