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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Justiça determina transferência de 50 presos do 2º DP em Londrina

A juíza da Vara de Execuções Penais da Comarca de Londrina, Márcia Guimarães Marques da Costa, determinou nesta quinta-feira (28) a transferência de 50 detentos do 2º Distrito Policial (DP). Apesar de comportar 122 presos, a unidade contava com 370 homens no local.

O delegado-adjunto da 10ª Subdivisão Policial (SDP), Manuel Pelisson, informou que a transferência dos presos atendendo a ordem judiciária terminou no início da noite. Ele contou que 30 homens foram transferidos para a Casa de Detenção e Ressocialização de Londrina (CDR), 10 para a Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) e mais 10 detentos para a Casa de Custódia de Londrina (CCL).

Ao todo, 60 homens foram transferidos somente nesta quinta-feira, pois durante o período da manhã outros 10 detentos foram encaminhados para a CCL, fora da determinação judicial da Vara de EXecuções Penais. O 2ºDP está com 310 homens, o dobro da capacidade que a unidade suporta. "É um número até certo ponto preocupante, mas podemos dizer que é controlável", declarou.

Cerca de 20 viaturas da Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC) e do Departamento Penitenciário do Estado (Depen) do Paraná participaram da operação.
Pelisson disse que a polícia tenta conter a superlotação com as transferências que são realizadas diariamente, de 5 a 10 presos. "Só podemos transferir quando há vagas nas outras unidades e conforme os alvarás de soltura. É uma luta constante a todo momento", disse.


Terrenos: Estado x Município

Nesta quinta-feira (28), a secretária de Estado de Justiça e da Cidadania (Seju), Maria Tereza Uille Gomes, declarou para a Rádio CBN de Foz do Iguaçu, durante a instalação do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira, que o Estado só está aguardando o município de Londrina efetivar a doação de dois terrenos para a construção de presídios de regime semi-aberto. Segundo ela, a medida desafogaria a superlotação do 2º Distrito Policial, na zona leste da cidade. Os novos presídios seriam constrídos próximos ao Centro de Detenção e Ressocialização de Londrina (CDR).

No entanto, o vice-prefeito do município, José Joaquim Martins Ribeiro, que também é presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Idel), disse que "há pendências burocráticas que estariam empacando as transferências". A prefeitura já possui a escritura de um terreno, mas aguarda a liberação de documentos do outro para fazer a transferência ao Estado.

Ribeiro afirmou que o processo estaria em fase final, mas não informou quando o trâmite deverá ocorrer.

Na última terça-feira (26), os policiais do 2º DP protestaram contra a superlotação da unidade policial. Os familiares dos presidiários também reclamaram que estariam proibidos de fazer a visita no período da manhã. No entanto, Pelisson informou que houve apenas um atraso, que teria sido compensado à tarde.

A juíza da Vara de Execução Penal da Comarca de Londrina, Márcia Guimarães Marques da Costa, declarou que a situação só deveria melhorar quando a Secretaria de Estado de Justiça e da Cidadania (Seju) viabilizasse a construção de presídios de regime semi-aberto no município. A juíza interditou o 2º DP em novembro do ano passado.

Em fevereiro deste ano, o delegado-chefe da 10ª SDP, Márcio Amaro, durante sessão da Câmara Municipal, chegou a anunciar a transferência da responsabilidade do 2º Distrito Policial de Londrina para a Seju, o que não ocorreu até o momento.Fonte: O Diário, reportagem de Juliana Leite

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