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sábado, 22 de janeiro de 2011

Número de mortos por chuvas no RJ sobe para 794

São 387 vítimas fatais em Nova Friburgo, 319 em Teresópolis, 66 em Petrópolis e 22 em Sumidouro

O número de mortos na tragédia provocada pela chuva na Região Serrana do Rio de Janeiro subiu para 794, informou a Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil local neste sábado (22).

São 387 vítimas fatais em Nova Friburgo, 319 em Teresópolis, 66 em Petrópolis e 22 em Sumidouro.

"A secretaria esclarece que militares da corporação permanecem em campo, ajudando os municípios mais afetados a socorrem as vítimas", acrescentou o boletim.

Ponte

Neste sábado (22), uma ponte que vai ligar o Centro de Bom Jardim a pelo menos outros cinco bairros da cidade deve começar a ser construída. Essa é a primeira a ser reconstruída em Bom Jardim que, entre pontes e passarelas, perdeu dez estruturas importantes depois das chuvas do dia 11 de janeiro.

Cerca de 90 homens do Exército chegaram na sexta-feira (21) a Bom Jardim com o equipamento que será usado na construção. Por enquanto, o acesso ao Centro é feito apenas por pedestres, que usam uma ponte improvisada, de madeira, construída por voluntários.

Segundo a prefeitura da cidade, a nova ponte, que deve ficar pronta em cinco dias, vai beneficiar moradores dos bairros de São Miguel, Bairro dos Alves, Bom Destino, Jardim Boa Esperança e Bem-te-vi, um dos mais castigados pelo temporal. Somente a zona rural da cidade permanece isolada.

Trabalho de buscas e recuperação das estradas

O trabalho de busca de corpos e de limpeza das ruas atingidas pela forte chuva que arrasou pelo menos sete cidades entrou no 11º dia neste sábado. Em todas as cidades, também acontece a entrega de donativos e cestas básicas às vítimas que perderam tudo. Os trabalhos de limpeza das cidades devastadas também acontecem neste sábado, já que não chove na região há 4 dias.

Também neste fim de semana, a concessionária Rota 116 vai intensificar as obras de recuperação da Rodovia RJ-116 (Itaboraí - Nova Friburgo - Macuco), principal via de acesso a Nova Friburgo. O objetivo é normalizar o tráfego na altura do km 75, em Muri, onde o trânsito segue funcionando no sistema pare e siga.

"O bom tempo dos últimos dias tem contribuído para o avanço das obras e vamos intensificar os trabalhos neste sábado e domingo", informa David Augusto Barbosa, superintendente da concessionária.

Especialistas analisam solo em Friburgo

Na sexta-feira (21), um grupo de geotécnicos foi à Nova Friburgo para analisar o solo da cidade. Segundo a prefeitura, os profissionais analisaram as mudanças ocorridas no relevo da região, alterado pela enxurrada que levou para o centro de alguns bairros pedras de mais de 10 toneladas e desviou cursos de córregos e rios.

O mapeamento detalhado de áreas de risco é apontado como um dos maiores desafios para construir um sistema nacional que possa fazer alertas antes de catástrofes naturais. Segundo o pesquisador Carlos Nobre, responsável pelo projeto desse sitema dentro do Ministério da Ciência e Tecnologia, é necessário que geólogos visitem esses locais para saber onde há perigo de enchentes e deslizamentos quando houver tempestades.

Petrópolis e São José do Vale do Rio Preto

Em Petrópolis, a vida começou a voltar ao normal, segundo o coordenador de Ações Emergenciais da prefeitura, Luiz Eduardo Peixoto. Uma equipe de assistentes sociais faz o cadastramento de famílias atingidas pela chuva para que possam integrar os programas sociais. No hospital de campanha, são feitos diariamente cerca de 300 atendimentos.

Em São José do Vale do Rio Preto, começam a ser montadas nesta sexta-feira (21) tendas para abrigar vítimas das chuvas no município. Cerca de 70 barracas devem ser montadas no ginásio municipal, em Águas Claras.

Luz e água

As empresas de fornecimento de energia elétrica que abastecem casas, comércio e indústria da Região Serrana do Rio seguem as orientações da Defesa Civil de cada cidade para religar ou não a rede nos bairros atingidos e praticamente destruídos pela chuva. Mas informaram que isso é uma questão de segurança e não uma imposição.

Mesmo assim, de acordo com a Energisa, 97% dos clientes de Nova Friburgo já voltaram a ter luz. Segundo a empresa, por uma questão de segurança, somente as áreas que ainda correm grande risco de desmoronamentos e deslizamentos de terra estão com o fornecimento de energia elétrica interrompido.

A Ampla, que distribui energia para as cidades de São José do Vale do Rio Preto e Teresópolis, também informa que a religação da rede de fornecimento de luz depende da orientação da Defesa Civil.

Também para tentar impedir a reocupação de áreas de risco de Teresópolis, a Cedae deixará de fornecer água a esses locais, segundo o presidente da companhia, Wagner Victer. Segundo ele, o pedido partiu da Defesa Civil do município.Fonte:G1/ Globo.com

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