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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Arcebispo critica proibição de cultos na UEL

Capela da UEL não pode ser utilizada para missas ou cultos

A missa em ação de graças celebrada há dez anos no campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL), este ano, terá de ser realizada em outro local. Recomendações da Procuradoria da República impedem que a universidade permita o uso da estrutura ou dos instrumentos da instituição para fins religiosos. A capela ecumênica construída no campus, por exemplo, tem mero efeito decorativo.

"O Estado é laico e não deve professar nenhum tipo de religião, mas a Constituição garante a expressão do sentimento religioso. A manifestação não é proibida, mas não se pode utilizar a estrutura e os instrumentos da universidade para esses fins", disse a procuradora jurídica da instituição Marinete Violin. Sobre a capela, ela disse que o templo "pode ser utilizado, mas sem vinculação a qualquer crença".

O procurador da República João Akira Omoto instaurou procedimento administrativo no final do ano passado, depois de receber denúncia de uso da instituição para fins católicos. Segundo a procuradora, a pastoral universitária publicava informativos no boletim Notícia e enviava comunicados pelo mailing da UEL.

O arcebispo emérito de Londrina, Dom Albano Cavallin, que celebrava as missas no campos, hoje vai realizar a cerimônia na Capela Nossa Senhora Esperança, no Jardim Champanhat, às 18 horas. Para ele, não se busca o estado laico, mas o estado ateu.

"Na missa, eu vou tocar neste assunto: o que é estado secular, o que é estado laico e o que é estado ateu", disse. "(Essa proibição) não tem um fundamento jurídico consistente". Ele também admitiu que houve uma falha de um grupo que usou papel timbrado da UEL para divulgar eventos religiosos. (As informações são da Rádio Paiquerê AM). Fonte: Bonde News

Um comentário:

César disse...

O Estado tem que ser laico, ou seja, tem que ser neutro em questões religiosas. Infelizmente, esse cristianismo Constantiniano/Romano/Protestante quer mandar em tudo. Admiro e muito as religiões orientais que mantêm discrição e não se metem nessas confusões. As religiões já possuem os seus mecanismos de proselitismo e, portanto, não precisam se meter no Estado para conquistar o "reino de Deus".