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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Marina dá aula a 'aprendizes' no AC sobre como pedir voto

Em três dias de campanha intensa no Acre, a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, passou mais tempo pedindo votos aos aliados do que para si. Com mais de 30 anos de vida política e militante recente de um partido pequeno e sem recursos, Marina usou sua experiência e traquejo diante das câmeras para ensinar os 'candidatos de primeira viagem' a pedir votos. A candidata aproveitou sua passagem por Rio Branco para gravar mensagens de TV personalizadas para cada um dos 12 candidatos a deputado estadual e federal do PV. Até o petista Jorge Viana, candidato ao Senado e amigo de Marina, e o segundo candidato da coligação Frente Popular ao Senado, Edvaldo Magalhães (PCdoB), terão a candidata verde em seu programa eleitoral.

Em pouco mais de uma hora e meia de gravação, Marina mostrou destreza, paciência e domínio da linguagem televisiva. Deu dicas, montou textos de improviso com poucas informações pessoais sobre cada candidato e até tranquilizava os iniciantes quando demonstravam nervosismo ou inabilidade. 'Calma, é assim mesmo', dizia ao candidato que errava. E dava deixas: 'Eu vou fazer de novo para você encaixar comigo.'

Com a experiência de professora, Marina posicionava o novato diante das câmeras, dava dicas de postura e sugeria frases para cada um. 'Não deixa a mão parada assim', corrigia.

Como cada candidato tinha só 15 segundos para convencer o eleitor, Marina sintetizava a trajetória do postulante: 'Jeferson, deputado estadual, comprometido com saúde de qualidade para todas as comunidades.' Após a fala de Marina, o candidato só se dava ao trabalho de repetir o nome e o número.

O aprendizado de teatro na juventude e as várias eleições a que já concorreu deram à candidata uma boa noção de direção de cena. Ela demonstrou saber para onde olhar, o que dizer, quando respirar e onde deixar espaço entre as frases para facilitar a edição. 'Você tem dois momentos: um para a câmera e outro para mim', explicava.

Com poucas intervenções, cabia apenas ao diretor dizer se estava bom ou se era preciso repetir. 'Essas listras da Shirlei não vão atrapalhar?', perguntou, ao se referir à roupa da candidata, cuja cor se fundia com o cenário. Aliás, o figurino também era uma das preocupações de Marina. A candidata levou vários modelos de terninho e, sem que ninguém sugerisse a troca de roupa, Marina ia direto para o fundo do estúdio e trocava a peça principal com a velocidade de uma atriz em cena.

Habituada à rotina de gravações e aos poucos recursos para produzir seus programas, Marina finalizava desejando sorte aos novatos e partia para o próximo da fila. 'Acabou, querem gravar agora?', disse, em tom de brincadeira para as últimas pessoas no estúdio - duas jornalistas que acompanharam a visita da candidata ao Acre. Fonte: O Estadão

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