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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dilma afirma que aborto é ‘questão de saúde pública’

Petista ressaltou que mudança é 'processo que tem que ser discutido com a sociedade'

A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, declarou que aborto é uma questão de saúde pública. "Um governo não tem de ser a favor ou contra o aborto. Tem que ser a favor de uma política pública", afirmou. "Aborto não é questão de foro íntimo meu, seu, da Igreja, de quem quer que seja; é uma questão de saúde pública."

Em termos de saúde pública, segundo a ex-ministra, o aborto para ser possível tem de estar previsto em lei. "E mudança é um processo que tem que ser discutido com a sociedade e tem que ver o que um governo fará."

A pré-candidata disse não ser possível "deixar que as mulheres das classes populares utilizem métodos medievais como agulha de crochê, chás absurdos e outras práticas enquanto outras pessoas têm acesso ao serviço".

"Ninguém fala ‘eu quero fazer aborto’. É uma violência contra a mulher", acrescentou. Ela contou que, "graças a Deus", não precisou fazer. "Mas conheci gente que fazia e entrava chorando e saia chorando."

Dilma qualificou o diálogo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém com o governo iraniano de "uma ação humanitária", durante entrevista a seis jornalistas do Grupo RBS, ontem, em Porto Alegre.

Questionada sobre "uma certa condescendência do governo com um regime que sofre críticas por não seguir normas internacionais de conduta democrática", a ex-ministra deu a entender que o Brasil pode fazer "uma tentativa de construir um caminho em que haja abandono das armas nucleares como armas de agressão e passe ao uso pura e simplesmente pacífico da energia nuclear". Lula vai a Teerã nos dias 15 a 17 de maio.

Em outro trecho da entrevista de uma hora e meia, Dilma abordou as possíveis restrições à importação de alimentos industrializados brasileiros pela Argentina e admitiu que o País pode recorrer a retaliações. "Não acho adequado o que foi feito pela Argentina com o Brasil. Primeiro foi sem uma manifestação formal. E existe a possibilidade de retaliar uma medida tão agressiva como esta", afirmou. Fonte: Agência Estado

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