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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Rebelião na Penitenciária Estadual de Maringá termina sem feridos

Tropa de choque da Polícia Militar chegou a entrar na Penitenciária, mas não precisou intervir - Foto:Ivan Amorim

Dois presos mantiveram três pessoas reféns durante cerca de três horas. Entre as vítimas estava um agente penitenciário. Os internos pedem a revisão de penas

A rebelião ocorrida na Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) terminou sem feridos. Dois presos mantiveram três pessoas reféns - um agente penitenciário e dois detentos - por cerca de três horas. O motim começou no fim da manhã e terminou pouco depois das 15h30. Os presos reivindicavam a transferência para outro Estado e o melhor relacionamento com os agentes.

O motim começou no fim da manhã e terminou pouco depois das 15h30. Os presos reivindicavam a transferência de detentos e exigiam a presença de um juiz


Eles se rebelaram quando estavam na área de trabalho do presídio. Para render os reféns, a dupla utilizou materiais empregados na reforma de livros. A liberação dos reféns, que não se feriram, ocorreu após a chegada do juiz Alexandre Kozechen e da promotora pública Valéria Seyr, da Vara de Execuções Penais. Os dois ouviram as reivindicações dos presos.

A princípio, a informação repassada para a imprensa é de que 20 detentos teriam participado da ação, o que foi desmentido pela Polícia Militar (PM). Os dois rebelados são da cidade de Barbosa Ferraz (na região Centro-Oeste do Estado) e estão condenados a 25 e 30 anos de prisão. A dupla cumpre pena por diversos crimes como furto, porte ilegal de arma, latrocínio e homicídio.

Segundo o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), a Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) tem 60 celas, com capacidade para seis presos cada, totalizando 360 vagas, para presos de regime fechado. Ela fica no limite entre os municípios de Maringá e Paiçandu e é considerada de segurança máxima.

De acordo com o diretor financeiro do Sindarspen, Vilson Brasil, a PEM não está superlotada, embora esteja com a capacidade máxima de presos preenchida. Ele diz ainda que o refém trabalha na PEM desde a inauguração.

Familiares

As mães de vários presos estavam em frente à penitenciária à espera de informações. "Estou muito preocupada , porque não nos informam nada", disse Cleusa Ganacin, 46 anos. "Às vezes, a situação não é tão grave, mas, por falta de notícias, todos estão apreensivos."

Algumas mães relataram ao JM que os filhos teriam reclamado da qualidade da alimentação e da redução da quantidade de dias fora da penitenciária para quem está enquadrado no regime semiaberto.

Histórico

Dois incidentes aconteceram na penitenciária em setembro do ano passado. No dia 28, um detento foi morto por um companheiro de cela. Dois dias antes, dois presos fugiram usando uma teresa - corda feita com lençois. Os fugitivos deixaram a penitenciária acessando o telhado, mas foram recapturados meia hora mais tarde, pelos próprios agentes.

O Centro de Detenção Provisória (CDP), que fica próximo à PEM, já enfrentou uma manifestação dos presos há cerca de um ano. Segundo Brasil, todos os presos começaram a bater nas grades das celas, produzindo um grande barulho, mas sem deflagrar uma rebelião. O CDP foi inaugurado em 2008. Fonte: Jornal de Maringá, reportagem de Marcus Ayres

2 comentários:

Anônimo disse...

http://www.parana-online.com.br/canal/direito-e-justica/news/133332/?noticia=SISTEMA+PENITENCIARIO+DO+PARANA+XVI+PENITENCIARIA+ESTADUAL+DE+MARINGA

Qual era o segredo da penitenciária estadual de Maringá na data da reportagem acima? os agentes são os mesmos? os presos são todos da região? Afinal, o que mudou? É a segunda vez que os noticiários mostram a que a Rotam intervém na administração da pem.

Anônimo disse...

é preciso oxigenar a administração da PEM...