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quinta-feira, 25 de março de 2010

Ação pede vacina para todos no Paraná

Ministério Público Federal recorre à Justiça para que toda a população do Paraná, cerca de 10,7 milhões de pessoas, seja imunizada

O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná entrou ontem com uma ação na Justiça Federal para que todos os paranaenses sejam vacinados contra a gripe A (H1N1), a gripe suína. O órgão no documento na ação que se compre doses da vacina de forma imediata e que os 10,7 milhões de habitantes no estado. Pelo calendário do Ministério da Saúde, que definiu grupos prioritários, 5 milhões de paranaenses devem ser imunizados.

A Justiça Federal ainda não se pronunciou sobre o assunto. Enquanto isso, a Secretaria de Estado da Saúde afirma que a vacinação no estado segue o protocolo do governo federal. O ór­­gão informou também que irá discutir com o Ministério a possibilidade de ampliar a vacinação, assim como ocorreu anteriormente, quando os adultos entre 30 e 39 anos foram incluídos na campanha de imunização.

Segundo o Ministério da Saú­de, os objetivos da vacinação são proteger os trabalhadores da área de saúde, de modo a manter o funcionamento dos serviços de saúde envolvidos na resposta à pandemia, e alguns grupos selecionados, reduzindo o risco associado à pandemia de influenza de desenvolver doença grave e morrer.

O Ministério afirma que essa estratégia de vacinação foi amplamente discutida com as sociedades científicas. No Paraná, o Conselho Regional de Medicina e a Associa­ção Médica defendem a universalização da vacina.

Crianças

A maior preocupação é que as crianças não serão vacinadas. Como pessoas de 2 a 19 anos não receberão a vacina na rede pública, as escolas irão intensificar os cuidados. Para o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Moacir Gerolomo, como as crianças não serão vacinadas, as escolas terão de tomar muito cuidado na prevenção.

O objetivo da secretaria é que, com a chegada do inverno, todas as escolas estejam novamente em alerta continuado. “Imaginamos que essa epidemia será mais branda, mas, como não se conhece o comportamento do vírus neste ano no Hemisfério Sul, tem de se trabalhar com a prevenção”, diz Gerolomo.

A Vigilância Sanitária de Curi­tiba revisou as orientações às escolas, que vão desde os cuidados básicos de higiene ao controle de casos suspeitos. As orientações foram repassadas para as escolas municipais no início do ano letivo e serão abordadas hoje em audiência pública com as escolas particulares (confira os cuidados nessa página). O evento deve reunir cerca de representantes de 400 escolas, no Salão de Atos do Parque Barigui.

O diretor do Centro de Saúde Ambiental de Curitiba, Sezifredo Paz, afirma que neste ano haverá maior atenção com a ventilação e o uso de ar condicionado. A orientação é mantê-los limpos. “O equipamento sujo, além de veicular agentes nocivos, faz com que o ar fique condensado. Com ventilação uma ruim, ten­do uma pessoa gripada, outros podem se contaminar.”

Segundo o órgão, nas fiscalizações de rotina nas escolas serão observados os itens de ventilação e limpeza. As fiscalizações realizadas no ano passado constataram presença de muitos alunos em sala de aula e ventilação inadequada.

Sem pânico

As escolas particulares querem retomar os cuidados, que foram afrouxados em 2010, para não serem novamente surpreendidas pela doença, diz o presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná, Ademar Batista Pereira. “No ano passado nós paramos porque os alunos não estavam indo, os pais não estavam mandando os filhos para a escola e havia informações truncadas. Havia pressão muito grande dos pais para que as escolas tomassem atitudes. Não queremos neste ano tomar atitudes drásticas, mas nos prevenir”, afirma Pereira.

A maioria das escolas particulares ampliou as férias de julho, entre os dias 5 e 23, prevendo a incidência da nova gripe nesse período. Nas escolas estaduais, o calendário prevê recesso de 19 de julho a 15 de agosto. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, os cuidados com a nova gripe já foram repassados para as escolas estaduais.

A diretora pedagógica do colégio Acesso, Adriana Franco, observou que os alunos descuidaram um pouco nos cuidados de higiene após as férias. O colégio está intensificando as orientações. “Desde o início do ano estamos falando a respeito e professores estão fazendo campanha em sala de aula”, diz a diretora. Fonte: Jornal de Maringá, reportagem de Fernanda Leitóles e Bruna Maestri Walter

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