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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Servidores estaduais podem perder atendimento médico em Maringá

O contrato com o Hospital Santa Rita venceu, e o governo estadual anunciou que irá escolher outra empresa, de qualquer município da região, para assumir o serviço. Cerca de 45 mil pessoas, de 56 cidades da região, são atendidas pelo SAS

O atendimento médico dos quase 45 mil servidores estaduais da região Noroeste pode deixar de ser prestado em Maringá a partir de março deste ano. O governo estadual anunciou nesta quarta-feira (10) que irá firmar um contrato emergencial com algum hospital da região para a prestação do serviço. Isso porque o acordou com o Hospital Santa Rita, que há cinco anos atendia os servidores, venceu em janeiro; e a nova licitação do serviço fracassou nesta manhã, após duas tentativas.

O problema é que o contrato emergencial, que vai durar entre três e seis meses, podendo ser renovado por igual período, é mais flexível que o definitivo. De acordo com a Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap), o hospital ficará livre da obrigação de abrir mais duas unidades de atendimento, além da principal, em outras cidades, como acontece hoje - o Santa Rita presta atendimento em Loanda e Paranavaí, além de Maringá.

A centralização do serviço pode criar problemas inclusive para os maringaenses, já que o governo estadual tem liberdade para contratar um hospital de qualquer município da região. Isso significa que, se o hospital escolhido for de outra cidade, os servidores poderão ficar sem atendimento médico em Maringá.

A assessoria de imprensa da Seap informa que a seleção do hospital acontecerá nos próximos dias, depois de visitas pela região. O órgão diz ainda que lançará outra licitação para escolher uma empresa que preste o serviço de forma definitiva.

A contratação temporária precisa ser feita até 1º de março, que é quando o Hospital Santa Rita deixará de receber os servidores - o hospital se comprometeu a manter o atendimento até o fim de fevereiro, mesmo com o contrato já vencido. A Seap diz que irá remunerar o Santa Rita pelo trabalho feito nesse período.

Santa Rita desistiu da licitação

O Hospital Santa Rita presta atendimento aos servidores estaduais do Noroeste desde 2002, quando firmou um contrato temporário com o governo estadual. Em 2005, a empresa venceu uma licitação, que lhe deu direito de seguir atendendo o funcionalismo público até 31 de janeiro deste ano. O hospital, contudo, não participou da nova licitação, alegando que o preço oferecido era baixo demais.

O edital prevê pagamento de R$ 23,80 por servidor atendido, enquanto o Santa Rita diz que o valor mínimo pelo qual pode trabalhar está na casa de R$ 30. Hoje o hospital recebe R$ 21,10. "Estamos operando no vermelho, tirando dinheiro do bolso para atender o servidor. Não entramos porque o preço sugerido não cobre o nosso custo operacional", diz o superintendente do Hospital Santa Rita, Hiran Alencar Castilho.

O governo estadual alega que R$ 23,80 é o limite e que representa um aumento de mais de 10% em relação ao preço atual (R$ 21,10). Houve duas tentativas de licitação, uma em 21 de janeiro e outra, nesta manhã. Nenhuma, contudo, teve empresas interessadas - por isso o governo terá de partir para o contrato temporário. Fonte: Jornal de Maringá, reportagem de Renan

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