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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Mortos em tremor passam de 700 e devem subir no Chile, diz presidente

AP - Moradores observam prédio que desabou em Concepcion, no Chile; presidente Michelle Bachelet confirma 708 mortes em tremor

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, informou em coletiva de imprensa neste domingo que os mortos no tremor de 8,8 graus na escala Richter que atingiu o país na madrugada de ontem chegam a 708. Segundo ela, o número de vítimas ainda deve aumentar.

"Foi uma catástrofe gigantesca, e os mortos certamente devem subir. Reforçamos a nossa força aérea, a polícia e o Exército, mas precisaremos da ajuda internacional", disse Bachelet.

Segundo ela, os hospitais "estão destruídos", e equipes de resgate formadas por soldados e policiais e membros do Corpo de Bombeiros participam das operações de resgate.

Bachelet disse ainda que o presidente eleito, Sebástian Piñera, e seu ministro do interior trabalham para coletar todas as informações, que serão divulgadas quando ele assumir. A cerimônia de posse está prevista para o dia 11 de março.

"Estamos nos coordenando para que a transição seja suave", disse a presidente, acrescentando que irá "trabalhar ininterruptamente até o final de seu governo" pela recuperação do terremoto. "Precisaremos também da coperação da população", afirmou;

A presidente disse ainda que seu governo trabalha no processo de purificação de água do mar, para que seja transformada em água potável.

O terremoto, um dos mais fortes da história, gerou alertas de tsunami em toda a costa do Pacífico, sem que tenham sido registrados danos importantes. Mesmo assim, o Japão e o Havaí organizaram retiradas de suas populações costeiras para evitar mais uma tragédia.

Santiago

A capital Santiago, a cerca de 320 quilômetros do epicentro, foi atingida duramente pelo sismo. O aeroporto internacional está fechado por a menos 24 horas uma vez que o terremoto destruiu calçadas e quebrou vidros de portas e janelas.

O metrô da capital foi fechado e os transportes ficaram limitados por causa das centenas de ônibus que ficaram presos devido a uma ponte que foi danificada pelo tremor.


Um prédio de 15 andares desmoronou e deixou mais de 100 pessoas sob os escombros em Concepción, a maior cidade mais próxima do epicentro do tremor de magnitude 8,8 e que possui cerca de 670 mil habitantes. Carros foram virados e soterrados por uma ponte que caiu na capital Santiago. Linhas de telefonia e de energia caíram, tornando difícil identificar o tamanho do estrago e das perdas de vidas causados pelo terremoto.

Em 1960, o Chile foi atingido por um terremoto de magnitude 9,5, um dos mais fortes já registrados. O tremor devastou a cidade de Valdivia, matou 1.655 pessoas e causou um tsunami que atingiu a Ilha da Páscoa, distante 3.700 quilômetros da costa chilena. A onda continuou e chegou ao Havaí, Japão e Filipinas. As ondas que chegaram nas Filipinas demoraram cerca de 24 horas para atingir o país.

O terremoto deste sábado foi sentido em São Paulo e também nas Províncias argentinas de Mendoza e San Juan. Uma série de abalos subsequentes atingiram a região costeira do Chile.

Saques

O número de saques a supermercados e farmácias no Chile vem aumentando neste domingo, após o terremoto que atingiu o país ontem. Os moradores de Quilicura, ao norte de Santiago, invadiram estabelecimentos neste domingo, depois do mesmo ocorrer em Concepción, cidade de meio milhão de habitantes ao sul de Santiago, segundo informações do jornal chileno "La Tercera".

Dezenas de pessoas invadiram os supermercados Líder e Ekono em Quilicura, que permanece sem luz e água.

Em Concepción, foram saqueadas também farmácias no centro da cidade, além de supermercados. Os moradores dividiram água potável dentro dos estabelecimentos.

A polícia do Chile reprimiu a ação, que foi filmada e exibida pela televisão estatal. Os policiais recorreram a jatos de água para dispersar a multidão.

A prefeita de Concepción, Jacqueline van Rysselberghe, reconheceu que a situação no local está saindo do controle por causa do desabastecimento progressivo. Fonte: Folha Online com agências internacionais

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