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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Israel pode assinar pacto de não agressão com Irã, diz jornal russo

Israel pode assinar um pacto de não agressão com o Irã, cujo polêmico programa nuclear gera muita preocupação na comunidade internacional, informa o jornal russo "Gazeta".

A publicação diz que a possibilidade foi discutida durante a recente visita a Moscou do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

"A assinatura deste pacto evitaria uma possível guerra entre os países, que parece cada vez mais real", afirma a "Gazeta".

Segundo Yevgeny Satanovsky, diretor do Instituto Russo para o Oriente Médio, citado pelo jornal, Netanyahu falou das condições para que o pacto possa ser assinado em sua visita ao Kremlin.

"Se o Irã assinar um pacto que garanta que não lançará um ataque nuclear contra Israel, a possibilidade de um conflito militar direto entre os dois países fica excluída", disse Satanovsky.

A Rússia resiste tradicionalmente a sanções contra o Irã, mas mostrou abertura a medidas punitivas desde o anúncio do presidente iraniano, na semana passada, de seus planos para produzir urânio enriquecido a 20% para seu reator e construir mais dez usinas nucleares em apenas um ano.

O anúncio instigou uma campanha internacional, liderada pelos EUA e Israel, para uma nova rodada de sanções. Para tal, são necessários nove dos 15 votos do Conselho de Segurança e nenhum veto dos cinco membros permanentes --EUA, China, Rússia, Reino Unido e França.

A Rússia declarou nesta terça-feira que não mudou sua postura em relação a uma nova rodada de sanções contra os avanços do programa nuclear iraniano, mas deixou uma abertura ao admitir que medidas punitivas não devem ser excluídas caso Teerã não cumpra suas obrigações.

A Rússia assinou ainda uma carta, redigida também por França e EUA, dizendo estar preocupada com a escalada do programa nuclear do Irã. O documento foi entregue à Agência Internacional de Energia Atômica, organização ligada à ONU e foi recebida como mais um sinal do endurecimento da posição russa em relação ao programa nuclear iraniano. Fonte: Folha Online/France Presse

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