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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Penitenciários vão à Justiça contra Requião

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) deve entrar, nos próximos dias, com uma ação na Justiça por danos morais contra o governador do Estado, Roberto Requião, em relação às insinuações de que os agentes teriam facilitado a rebelião na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, no dia 14 de janeiro, e que deixou um saldo de seis detentos mortos. “Nós não temos envolvimento com o que aconteceu. Nós inclusive alertamos às autoridades sobre a situação no presídio. Nossa resposta contra todas as acusações que o governador nos faz será jurídica”, afirmou o presidente do Sindarspen, Clayton Auwerter.


Na manhã de ontem, durante a reunião Mãos Limpas, Requião anunciou que espera que em no máximo dez dias haja uma resposta sobre o que aconteceu no presídio. “O inquérito para verificar a responsabilidade do sindicato dos agentes e de alguns funcionários públicos na tragédia da rebelião. Espero notícias dentro de, no máximo, dez dias. Então, saberemos exatamente o que houve”, informou o governador.

Na semana passada, o governador havia afirmado que os agentes penitenciários teriam aberto as celas para que presos de facções rivais se confrontassem. O objetivo, de acordo com o governo do Estado, seria pressionar para que as reivindicações dos agentes fossem atendidas, como por exemplo, a liberação do uso de armas letais dentro do presídio.

O presidente do Sindarspen nega a acusação e reitera que cinco portas das celas foram derrubadas pelos presos e não abertas pelos agentes penitenciários como insiste o governo. “Não há a necessidade de abrir as portas, elas estão caindo aos pedaços naquele presídio sucateado”, critica Auwerter. Ele diz ainda que a saída dos policiais militares da segurança interna do presídio teria sido o verdadeiro estopim para a rebelião. “Todos sabem que a Penitenciária Central do Estado é um barril de pólvora”, havia informado poucas horas antes do estouro da rebelião.

Auwerter avalia que tanto o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, quanto o governador já estavam avisados sobre um possível motim na PCE. “Agora vai ser na Justiça que vamos responder às acusações”, informa.

O motim começou na noite do dia 14 de janeiro, depois que os presos entraram em confronto e fizeram três agentes penitenciários reféns. Dos cerca de 1.500 detentos da Penitenciária Central do Estado, estima-se que cerca de 1.200 se envolveram, de alguma forma, no conflito.

Tentativa de fuga — Presos de Campina Grande do Sul tentaram fugir, ontem de tarde, do minipresídio do município. Eles cavaram um buraco em uma das celas, mas foram descobertos. Ao serem flagrados pela segurança, iniciaram um princípio de motim, mas foram contidos pela Polícia Militar.

Depois, os policiais levaram os presos para fora para efetura a contagem e revista nas celas. A carceragem estaria com lotação superior à sua capacidade. Eram trinta presos em espaço para dez. Fonte: Bem Paraná

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