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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Câmara dá prazo de dez dias para Martini explicar irregularidades

Comissão Processante (CP) que cuida do caso vai encaminhar nesta tarde uma notificação ao prefeito, cuja administração responde a 36 inquéritos na Justiça. Entre as irregularidades estaria a compra de produtos agropecuários na loja de um ex-servidor

A partir desta terça-feira (8), o prefeito de Sarandi, Milton Martini (PP), terá dez dias para explicar por escrito à Câmara de Vereadores as irregularidades de que é acusado, como a compra de produtos agropecuários na loja de um ex-servidor. A Comissão Processante (CP) instalada na Casa vai encaminhar nesta tarde uma notificação ao prefeito, comunicando-o das denúncias e estabelecendo esse prazo para a defesa.

Nestes dez dias, o prefeito deverá também indicar testemunhas e documentos para anexar ao processo que tramita na Câmara. Na sessão desta segunda-feira (7), a comissão contratou, mediante a aprovação do presidente da Casa, Cilas Moraes (DEM), o advogado Avanilson de Araújo para trabalhar no caso.

Governo está sofrendo desmonteO governo do prefeito de Sarandi, Milton Martini (PP), está sofrendo um desmonte depois de ser acusado de cometer uma série de irregularidades, entre elas a compra de produtos agropecuários na loja de um ex-servidor. O PC do B anunciou nesta quinta-feira (3) que vai deixar os quatro cargos que ocupa na administração. O secretário de Meio Ambiente e presidente municipal do Democratas (DEM), José Luis de Almeida, diz que estuda adotar a mesma medida. Há mais de um mês o vice-prefeito, Carlos Alberto de Paula Junior(PDT), já havia abandonado a função de secretário de Planejamento.

Segundo o Ministério Público, a administração de Martini está respondendo a 36 inquéritos que tramitam em segredo de Justiça. Por conta disso, no dia 30 de novembro, a Câmara Municipal aprovou a criação de uma Comissão Processante (CP) para investigar as supostas irregularidades. A CP é formada pelos vereadores Luiz Carlos Aguiar (PPS), Aparecido Bianco (PT) e José Roberto Grava (PSC) e terá prazo máximo de 90 dias para encerrar os trabalhos.

A comissão, vai, por exemplo, apurar se o ex-chefe de gabinete, Ailson Donizete de Carvalho, adquiriu na própria loja, sem licitação, dez bombas de passar veneno e 150 litros de herbicida, por R$ 8 mil. Carvalho foi demitido depois da compra. Os vereadores dizem ainda que outras denúncias, inclusive de corrupção, têm chegado à Câmara, mas em todos os casos há dificuldade de acesso aos documentos.

O prefeito Milton Martin (PP) fez, na última segunda-feira (30), uma reunião para se defender das acusações. Ele mostrou documentos e cópias de cheques da compra. "Não tínhamos conhecimento (de quem era o dono da loja) e fizemos o processo de dispensa da licitação de forma legal. Assim que ficamos sabendo, foi devolvido o dinheiro aos cofres públicos", disse na oportunidade. Desde então ele não está mais se manifestando sobre o assunto. Fonte: Gazeta do Povo

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