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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sobe para 42 o total de presos em operação da PF no Rio; 15 são policiais

Subiu para 42 o número de presos em uma megaoperação da Polícia Federal realizada nesta quarta-feira no Rio para deter integrantes de três quadrilhas especializadas em roubos de cargas, arrombamento de cofres e caixas eletrônicos. Dentre os presos estão 15 policiais civis e militares, além de um ex-PM.

Segundo a PF, cerca de 400 agentes participam da megaoperação chamada "roubo noturno" que tem o objetivo de cumprir 55 mandados de prisão. Treze pessoas ainda estão foragidas, entre elas um policial civil.

"A participação dos policiais nas quadrilhas visava a garantir o sucesso da empreitada criminosa, seja através da execução direta dos crimes, ou na segurança e impunidade dos envolvidos", disse o promotor de Justiça Paulo Wunder, Coordenador de Segurança e Inteligência do Ministério Público Estadual.

Segundo Wunder, os policiais atuavam no planejamento e segurança da ação para garantir a impunidade, através da facilidade do cargo que tinham. A quadrilha atuava há cerca de dez anos, informou o promotor.

O delegado Rivaldo Barbosa de Araújo, subsecretário de inteligência da Secretaria de Segurança Pública, criticou o envolvimento dos policiais na quadrilha. "Nós não compactuamos com essas ações, uma vez que eles [os policiais] são pagos para proteger a sociedade e não para agir contra ela. Fica a sensação de indignação com essas pessoas que tentam manchar a corporação".

Durante a operação, foram apreendidas 12 armas, 11 celulares, 17 carregadores, além de 50 caixas de remédios, documentos e munições. Todo o material estava na casa de um dos policiais civis suspeitos de pertencer a quadrilha.

A PF afirmou que o grupo agia, principalmente, nas estradas Presidente Dutra e Niterói-Manilha, no período da noite. A quadrilha abordava caminhoneiros e os mantinha em cativeiros sob ameaça durante o tempo em que roubava a carga, geralmente, de carne. Após o roubo, os alimentos eram vendidos para comércios da região.

As investigações sobre o grupo tiveram início em dezembro de 2007, após um roubo a uma agência da Caixa Econômica Federal, quando foram levados cerca de R$ 140 mil. Ainda de acordo com a PF, a identificação das três quadrilhas aconteceu porque alguns suspeitos agiam em mais de uma delas.

As buscas e apreensões acontecem em 12 cidades do Rio --Macaé, Nova Friburgo, Duque de Caxias, Guapimirim, São Sebastião do Alto, São João de Meriti, São Gonçalo, Teresópolis, Itaguaí, Campos, Cachoeiras de Macacu, Niterói--, além de Além Paraíba, em Minas.

Mansão

Um policial militar preso por suspeita de participar da quadrilha de roubos de cargas é proprietário de uma mansão de quatro andares em Nova Friburgo, região serrana do Rio.

Segundo a polícia, o cabo identificado apenas pelo sobrenome Cunha possui em sua casa vários artigos de luxo, piscina térmica com cascata artificial e banheira de hidromassagem. A PF não soube informar se ele já possui advogado de defesa.
Fonte: Folha Online

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