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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Só este ano, 43 crianças morreram na região de Maringá; causas são diversas

A mortalidade até os cinco anos poderia diminuir se uma série de cuidados, à disposição dos pais, fossem tomados

A Secretaria de Saúde de Maringá registrou a morte de 24 crianças até seis anos de idade nos primeiros seis meses do ano. A 15ª Regional de Saúde aponta que nos 30 municípios da região, entre os 5.395 nascidos vivos, foram registradas 43 mortes em 2009. As causas são diversas, mas existem situações que poderiam ser evitadas. A morte do pequeno Eduardo Justino dos Reis, 3 meses, na última segunda-feira, em Maringá, desperta a preocupação das autoridades no sentido de reduzir mortes por causas evitáveis.

A enfermeira da 15ª Regional, Marcela Castilho Peres Pelloso, que é membro do Comitê Regional de Prevenção à Mortalidade Materno-Infantil, explica que o risco de mortalidade vem caindo ano após ano, mas algumas causas, que poderiam ser evitadas, persistem. “O risco cai porque há melhorias no atendimento à saúde, mas muitas ações ainda podem ser desenvolvidas para reduzir mortes por causas evitáveis”, relata. Ela conta que, dos óbitos de crianças, 74% poderiam ser evitados com medidas de atenção às gestantes, ao parto e ao recém-nascido.

Causas
Marcela diz que a primeira causa da mortalidade infantil é por afecções originadas no período perinatal, ou seja, um pouco antes do parto e logo após o nascimento. Neste item se classificam, entre outras, as mortes por asfixia ao nascer ou baixo peso. “Muitas dessas mortes ocorrem por causas detectáveis e tratáveis através de um bom pré-natal”, explica.

Na sequência de causas, estão as mortes por broncoaspiração; infecções respiratórias ou intestinais e as mortes por causas externas, como acidentes de trânsito. Há também causas que dificilmente podem ser reduzidas, como as anomalias congênitas e neoplasias. “Todo esse perfil [causas] se repete ano a ano”, diz Marcela.

Gestação
Na avaliação dela, é preciso cuidar não apenas das crianças recém-nascidas, mas da gestação e da mãe, através de um bom pré-natal. São ações de saúde pública que devem ter o apoio de toda a sociedade organizada. “Os cuidados com as gestantes exigem maior mobilização popular, de lideranças sociais, através de ações educativas e de qualidade”, completa. Fonte: O Diário Online, reportagem de Vanda Munhoz

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