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terça-feira, 29 de setembro de 2009

MP monitora solução de concurso da Copel

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) informou que vai acompanhar a postura da FAE Centro Universitário, organizadora do concurso público da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), em relação à solução dos problemas ocorridos durante a realização das provas no último domingo.

Candidatos reclamam da falta de organização nos locais de provas em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. A alegação é de que os portões dos locais dos exames foram fechados antes do horário previsto, o que teria impedido centenas de pessoas de participar do processo. Além disso, há reclamações de falta de preparo dos fiscais, falta de informações claras sobre o endereço dos locais de prova e do cancelamento de uma das provas no momento de sua realização por um erro da organizadora do concurso.


Fiscalização
Candidato “twitou” de dentro da sala

A polêmica em torno do concurso da Copel foi tema de debate no serviço de microblog Twitter. Um dos casos, inclusive, envolve o uso do próprio sistema por um dos candidatos de dentro da sala de provas.

O web designer Rubens Cavalheiro diz que não houve uma fiscalização criteriosa quanto ao uso de relógios, aparelhos celulares e dispositivos eletrônicos dentro das salas do concurso. “Os fiscais apenas ‘avisaram’ que esses aparelhos deveriam ser guardados”, conta. De dentro da sala, minutos antes de começar a prova, o candidato conseguiu postar mensagens no sistema de microblog através de um iPod Touch.

“Cheguei a tempo e já estou na sala, que inicie o concurso da Copel”, escreveu Cavalheiro. “Agora que percebi só tem web designer na minha, tenho que tentar algo para feri-los emocionalmente huahua brincadeirinha”, completou cerca de 10 minutos depois. Ao terminar a prova, o candidato escreveu: “Terminou a prova, não lembrava que escrever redação dói tanto a mão o braço #copel”.

Cavalheiro conta que “por uma questão de consciência” guardou o aparelho durante a realização da prova. “Mas se quisesse, poderia muito bem tê-lo usado escondido”, afirma.

O edital do concurso proíbe o uso ou manuseio de aparelhos eletrônicos. “Estes pertences deverão ser guardados em local em que o candidato não possa visualizá-los. O candidato que estiver usando ou manuseando quaisquer desses instrumentos durante a realização da prova serão eliminado do Concurso”, diz o edital. (ACN)
“Em havendo indícios de fraude – como o favorecimento de candidatos – ou crime, o Ministério Público pode atuar no sentido de zelar pela lisura do processo”, informou o MP-PR por meio de sua assessoria de imprensa. O exame era para cadastro de reserva em 53 cargos de nível superior e 99 cargos de nível médio e técnico. Os salários vão de R$ 822,52 a R$ 4.930,32. O concurso registrou cerca de 80 mil inscrições.

Em Curitiba, a advogada Letícia Arend afirma que a falta de informações a impediu de participar do concurso. “No comprovante de inscrição estava informado que a prova seria realizada na sala ‘212 – Térreo’, sem no entanto informar qual o bloco, já que a prova foi realizada simultaneamente em dois blocos, ambos com salas ‘212 - Térreo’. Como nenhum fiscal soube me informar para onde eu deveria me dirigir, fui para a sala errada, mas quando percebi o erro e fui para o bloco certo, fui impedida de entrar no local porque o horário já tinha se esgotado”, relata. Segundo ela outras 20 pessoas passaram pelo mesmo problema.

Defesa

Por meio de nota oficial, a FAE Centro Universitário reconheceu erro no processo seletivo das provas para os cargos de Técnico Am­­biental, Técnico em Agri­men­­­sura e Técnico Industrial de Mecânica, que serão re­­marcadas, em data a ser definida, pois houve “uma alteração nos códigos dos cargos” que impossibilitou os candidatos de realizarem os testes.

Sobre as outras denúncias, a instituição garante que todas as recomendações do edital foram cumpridas. Em relação aos problemas com endereços, a FAE informa que o nome das ruas foram encaminhados eletronicamente pelos locais de provas e que eles constam nos sites de cada instituição. Quanto à reclamação de despreparo dos fiscais, a organizadora do concurso diz que todos foram treinados e cumpriram as normas do edital.

Procurada, a Copel informa que os problemas apontados são de responsabilidade da organizadora do concurso e que a companhia solicitou informações à FAE e aguarda o posicionamento da instituição para tomar as providências necessárias. “Tudo vai ser avaliado. Qualquer posicionamento neste momento é prematuro. Tudo que sabemos até o momento é o que temos acompanhado pela imprensa”, diz a companhia. Fonte: Gazeta do Povo

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