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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Moradores da Avenida Tiradentes se mobilizam contra barulho excessivo

Alegando estar cansados de pedir ajuda à prefeitura e Polícia Militar, moradores estudam a possibilidade de recorrer à Justiça. “Ninguém consegue descansar”, diz um deles

Moradores da Avenida Tiradentes, de Maringá, reuniram-se nesta quinta-feira (17) para planejar a adoção de medidas capazes de garantir o cumprimento da lei do silêncio a partir das 22 horas aos finais de semana. O encontro foi convocado pela Comissão de Moradores e Empresários, encabeçada por Denivaldo Zampieri, que garante ser a primeira vez que as pessoas diretamente incomodadas pelo barulho do final de semana se propõem a solucionar de vez o problema que começa na noite de sexta-feira e vai até o final da tarde de domingo.


“Ninguém consegue descansar”, diz Zampieri. Ponto de encontro mais movimentado do Centro da cidade, a Tiradentes é palco para desfiles de carros com possantes aparelhagens de som que transformam a avenida em pistas de dança a céu aberto. A solução do problema que se arrasta há anos foi tentada por vários condomínios. Zampieri não soube dizer quantos abaixo-assinados foram entregues à Secretaria de Meio Ambiente e Polícia Militar pedindo providências.

“Somos chamados pelo nome nesses lugares de tanto que já os procuramos”, brinca o morador. Segundo ele, a PM alega que não tem viatura nem efetivo e a prefeitura “se omite”. Zampieri revela a disposição do grupo em entrar na Justiça para garantir o cumprimento da lei.

A Polícia Militar diz que está ciente do problema e adota medidas para buscar uma solução, como operações policiais visando a coibir a ação de jovens que fazem barulho, além de fiscalizar e apreender veículos e equipamentos de som. Os policiais vão usar também o decibelímetro, um aparelho que mede o volume do som.

A PM explica que, para isso, é preciso o apoio da população. Um dos problemas é que as vítimas relutam em formalizar a queixa. É preciso que elas acompanhem a Polícia Militar até a delegacia de Polícia Civil para registrar o fato e assim dar subsídios à Justiça e ao Ministério Público para as medidas necessárias.
Fonte: O Diário, reportagem de Juliana Daibert e Vanda Munhoz

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