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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

PSDB confirma candidatura própria em 2010

“O Beto se colocou à disposição e agora temos dois pré-candidatos. No momento oportuno, será analisado através de pesquisas quem está em melhores condições.” Valdir Rossoni, deputado estadual e presidente do PSDB no Paraná

Anúncio feito ontem por Valdir Rossoni enterra a aliança com Osmar Dias. Agora, só resta definir quem concorrerá: Alvaro Dias ou Beto Richa

O primeiro passo para definir o quadro eleitoral do próximo ano foi dado ontem com a decisão oficial do PSDB do Paraná de lançar candidato próprio a governador. O anúncio foi feito pelo presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, e enterra de vez as chances de continuidade da aliança com o PDT do senador Osmar Dias.

A relação entre os dois partidos estava estremecida desde fevereiro, quando os tucanos decidiram que iam lançar “preferencialmente” candidatura própria. O termo “preferencialmente” abria uma possibilidade de os tucanos apoiarem Osmar – algo que foi enterrado ontem.


Osmar não desistirá da disputa
Apesar do distanciamento com o PSDB ter começado desde o início do ano, o senador Osmar Dias (PDT) declarou ontem que ainda tinha esperança de que os tucanos apoiassem a sua candidatura a governador. Mas, segundo ele, a decisão oficial do PSDB de ter candidato próprio não vai mudar os planos do PDT de disputar o Palácio Iguaçu.

Osmar ainda afirmou que a decisão tucana não irá acelerar as costuras para uma possível aliança com o PT no Paraná. “Não muda nada. Nem a velocidade na conversa com outros partidos nem o meu desejo de construir um projeto para o estado.”

Nos meios políticos, a avaliação é de que a tendência para 2010 é a de uma eleição polarizada entre Osmar Dias e Beto Richa como adversários. No atual cenário, Osmar estaria ainda mais perto de fechar uma coligação com os petistas – algo que é do desejo do presidente Lula, que teria um palanque forte no Paraná para a candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff.

A possibilidade de Richa enfrentar Osmar encerraria uma aliança que durou três anos. O prefeito apoiou Osmar no segundo turno da eleição para governador em 2006 e o senador retribuiu trabalhando na campanha de reeleição de Richa, em 2008. Ontem, curiosamente, os dois ficaram frente a frente em Curitiba, no Cietep, durante solenidade de posse da nova diretoria da União dos Vereadores do Paraná. (KC)
O PSDB só deixou em aberto quem será o candidato tucano: o prefeito Beto Richa ou o senador Alvaro Dias. A escolha do nome será feita com base em pesquisas de intenção de voto, critério que agradou a Alvaro Dias porque o coloca em pé de igualdade com o prefeito na briga pela vaga.

Com a confirmação, pela Exe­­­cutiva Nacional do PSDB, de que Rossoni permanecerá na presidência do partido no estado até 2011, a tese da candidatura própria ganhou ainda mais força. “O Beto se colocou à disposição e agora te­­­mos dois pré-candidatos. No mo­­­mento oportuno, será analisado através de pesquisas quem está em melhores condições”, disse Rossoni.

Racha

Rossoni procurou minimizar a possibilidade do fim da aliança com o PDT. Afirmou que não só o senador Osmar Dias, mas outros partidos estão convidados a apoiar o projeto de candidatura tucana. “Vamos tentar compor com quem desejar, mas esse é o mo­­­­mento de todos construírem candidaturas próprias. E temos de respeitar o posicionamento do Osmar.”

Para Alvaro, antecipar o critério para a escolha do candidato a go­­­vernador foi um avanço e vai selar a unidade partidária. O senador defende, no entanto, que a indicação com base em pesquisas eleitorais seja ampliada também para o irmão, Osmar Dias. “Gostaria que o PSDB o convidasse para a aliança com a adoção desse critério. A ideia seria fechar já uma aliança com o PDT e definir o candidato oportunamente em função da opinião pública”, sugeriu Alvaro. A estratégia fortaleceria o palanque presidencial do partido e somaria forças políticas para a candidatura à Presidên­­­cia da República do PSDB. Se­­gundo Alvaro Dias, essa é uma opinião pessoal, que só foi discutida por enquanto com a di­­reção nacional do partido.

Num cenário político ainda indefinido, há pelo menos uma certeza: os irmãos Dias não vão disputar o governo do estado em pa­­­lanques separados. “Temos um entendimento entre nós que não disputaríamos um contra o outro e avaliaríamos nossas candidaturas por meio de pesquisas. Se eventualmente o Osmar estiver em me­­lhores condições, eu abdico da minha pré-candidatura”, disse Alvaro. “Mas se fosse hoje, por exemplo, eu seria o candidato.”
Fonte: Gazeta do Povo

Um comentário:

Anônimo disse...

Sai fora Dias...