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domingo, 23 de agosto de 2009

Funcionário teria sido suspenso por comunicar rebelião

Depois que internos do Centro de Socioeducação (Cense) São Francisco, em Piraquara, sinalizaram um princípio de rebelião na noite desta quinta-feira (20), um funcionário teria sido suspenso por comunicar a situação ao Sindicato dos Servidores Públicos da Secretaria da Criança e da Juventude (Sindsec). O Sindsec deve encaminhar uma denúncia formal relatando o fato ao Ministério Público do Paraná (MP).

Em nota, o educador e dirigente do Sindsec, Jacir Alves Aguirre afirma que, em determinado momento da confusão, decidiu comunicar a situação ao presidente do Sindsec, Mário Monteiro. Aguirre diz que, após a situação ter sido controlada, o diretor da unidade, Julio Cesar Botelho, reuniu a equipe para questionar e descobrir quem havia tomado a iniciativa de avisar o sindicato. Segundo Aguirre, o diretor do Cense determinou o seu afastamento neste momento, alegando que o funcionário havia infringido normas.

Segundo Mário Monteiro, comunicar o sindicato não poderia ser considerada uma atitude ilegal. "Os funcionários estão se sentido inseguros em razão das péssimas condições de trabalho e precisam do apoio do sindicato. Fomos acionados, mas nos impediram de entrar no educandário. É um absurdo", diz.


A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Criança e da Juventude afirma que a atitude de avisar pessoas externas é considerada "quebra de procedimento", mas nega que o educador tenha sido afastado. O diretor do Cense também afirma que não houve suspensão, mas apenas uma advertência. "O funcionário foi advertido verbalmente porque temos um protocolo a cumprir. Quando existe crise não é o sindicato que tem que ser acionado", afirma.

Ainda segundo Botelho, as informações repassadas por Aguirre causaram transtorno no Centro de Socioeducação. "As famílias dos adolescentes ficaram apavoradas, muitas pessoas compareceram à unidade preocupadas, achando que estava acontecendo uma rebelião. Foi um alarde desnecessário", diz.

De acordo com a direção do educandário, um adolescente teria ateado fogo em um pedaço de colchão e o atirado no corredor, mas a situação teria sido resolvida rapidamente pelos próprios funcionários. Entretanto, o presidente do sindicato afirma que a rebelião foi maior, com a participação de cerca de 10 adolescentes. Segundo a sala de imprensa da Polícia Militar, os policiais foram acionados, mas não precisaram intervir. Fonte: O Estado do Paraná, por Paula Melech

Um comentário:

Silvio Bondezan disse...

Luciano, penso que o sindicato deveria ter sido alertado antes de iniciar o motim e, por meio de notas, o próprio sindicato alertar a direção do Centro, da iminência da rebelião. Durante a ocorrência, acho que não ajudaria em nada a intervenção do sindicato. Este tipo de instituição tem que ser atuante em todos os momentos e não somente durante as crises.